sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.




Não ultrapasse, Língua Portuguesa em reforma!

Mudanças na Língua Portuguesa em 2009

A reforma ortográfica da língua portuguesa ainda nem entrou em vigor e já têm causado divergências entre escritores, lingüistas, educadores e políticos e entre todos aqueles que estudam, pesquisam e vivem do idioma. As novas regras entrarão em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009, mas apenas serão obrigatórias, inicialmente, em documentos do governo.

A unificação tende a dificultar a oralidade de algumas palavras. Isso porque a reforma ortográfica vai abranger apenas a grafia das palavras, não mudando em nada a fonética, sintaxe e semântica. Na prática essa unificação poderá dificultar a oralidade de algumas palavras, principalmente para as futuras gerações, que não saberão pronunciar algumas palavras que até agora eram grafadas com o trema, como tranqüilo e qüinqüênio.

Desde 1990 foi criado um acordo ortográfico para unificar a forma como os mais de 230 milhões de pessoas escrevem português no mundo. Assim como no Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor Leste, Macau, e alguns outros países também terão uma nova ortografia a partir de 2009.

De acordo com especialistas, 0,45% das palavras brasileiras sofrerão alterações, ao passo que em Portugal haverá mudanças em 1,6% dos vocábulos. As regras que mudam são as seguintes:

Novas letras – há a incorporação do "k", do "w" e do "y" ao alfabeto. O número de letras passa de 23 para 26.
Trema – deixa de existir. A grafia passa a ser: linguiça e frequente.
Acentos diferenciais – serão suprimidos acentos como o de “pára”, do verbo parar.
Acentos agudos de ditongos – somem os acentos de palavras como “idéia”, que vira “ideia”.
Acento circunflexo – somem os acentos de “vôo” ou de “crêem”.
Hífen – palavras começadas por “r” ou “s” não levarão mais hífen, como em anti-semita (ficará “antissemita”) ou em contra-regra (ficará contrarregra).

Figuras de Linguagem



Figuras de Linguagem

Antítese

Antítese é uma figura de linguagem (figuras de estilo) que consiste na exposição de idéias opostas.

Já estou cheio de me sentir vazio.
Do riso se fez o pranto.
Ele a amava, ela o odiava.
Hoje fez sol, ontem, porém, choveu muito.

Antonomásia

A antonomásia é uma figura de estilo caracterizada pela substituição de um nome por uma expressão que lembre uma qualidade, característica ou fato que de alguma forma o identifique.

O filho de Deus (Jesus Cristo); A cidade da diversão (Los Angeles); O cara mais conhecido que Jesus Cristo (John Lennon); A perfeição (The Beatles); O Rei do Rock (Elvis Presley); o rei do futebol (Pelé); o rei (Roberto Carlos).

Catacrese

Catacrese é a figura de linguagem que consiste na utilização de uma palavra ou expressão que não descreve com exatidão o que se quer expressar, mas é adotada por não haver palavra apropriada. Exemplos comuns são: "os pés da mesa", "marmelada de laranja", "vinagre de maçã", "embarcar no avião", "cabeça do alfinete", "braço de rio", "dente de alho" etc.

Comparação

Comparação é uma figura de linguagem semelhante à metáfora usada para confrontar qualidades ou ações de elementos. A relação entre esses elementos pode formar uma comparação simples ou uma comparação por símile.
A comparação, é feita por meio de um conectivo (como,tal,qual,assim,quanto etc.)

O Amor queima como o fogo - Luís de Camões
Ver minh'alma adejar pelo infinito
Qual branca vela n'amplidão dos mares - Castro Alves
Como um jorro de lágrimas ardentes - Olavo Bilac

Eufemismo

Eufemismo é uma figura de estilo que emprega termos mais agradáveis para suavizar uma expressão.

Você faltou com a verdade. (Em lugar de mentiu)
Ele entregou a alma a Deus. (Em lugar de: Ele morreu)
Ele subtraiu os bens de tal pessoa. (Em vez de furtou)
A cidade dos pés-juntos (Em vez de cemitério)

Hipérbole

Em retórica, ocorre hipérbole quando há exagero numa idéia expressa, de modo a acentuar de forma dramática aquilo que se quer dizer, transmitindo uma imagem inesquecível.

Rios te correrão dos olhos, se chorares! (Olavo Bilac)
Um quarteirão de perucas para Clodovil Pereira. (José Cândido Carvalho)
Da tarde que explode.
A lagoa brilha (Carlos Drummond de Andrade).

Ironia

A ironia é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos.

Moça linda, bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta: um amor! (Mário de Andrade)

Metáfora

Metáfora é uma figura de estilo (ou tropo linguístico), em que há a subtituição de um termo por outro, criando-se uma dualidade de significado.

Amor é um fogo - Luís de Camões
Meu coração é um balde despejado- Fernando Pessoa
Seus olhos são dois oceanos.
Meu pensamento é um rio subterrâneo. ( Fernando Pessoa)

Metonímia

Chama-se de metonímia ou transnominação uma figura de linguagem que consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles.

Sócrates tomou a morte. (O efeito é a morte, a causa é o veneno.)
Lemos Machado de Assis por interesse. (Ninguém, na verdade, lê o autor, mas as obras dele em geral.)
Bebeu o cálice da salvação. (Ninguém engole um cálice, mas sim a bebida que está nele.)
És a minha âncora. (em substituição de "segurança").
O homem, que é mortal, imortaliza-se por meio de suas conquistas.

Onomatopéia

A palavra onomatopéia designa expressões ou palavras cuja sonoridade imita a voz, ruídos de objetos ou animais.

Ao dizermos que um grilo faz "cri cri" ou que batemos à porta e fazemos "toc toc", estamos a utilizar onomatopéias. Aristófanes, na sua peça "As rãs", faz uso de determinadas palavras que, no grego original, pretendem imitar o som desses animais; usa, portanto, uma figura retórica que é também de carácter onomatopeico. Alguns exemplos são grasnar, piar, cacarejar, zurrar, miar.

Prosopopéia

A prosopopéia é uma figura de estilo que consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos.

"O Gato disse ao Pássaro que tinha uma asa partida."
"O Vento suspirou e o Sol também."
"A Cadeira começou a gritar com a Mesa."
"O Sol amanheceu triste e escondido."
"A Bomba atômica é triste, Coisa mais triste não há Quando cai, cai sem vontade" (Vinícius de Morais)